Em julho/2010 concluí a faculdade de Letras, pela Veris, em Sorocaba.
Antes de terminar o curso veio o tão temído TCC.
Eu já tinha uma ideia do que queria fazer, mas não tinha nada especificado. Minha única certeza: meu TCC seria sobre Clarice Lispector.
Conversei com uma professora e pedi que ela me orientasse no trabalho e ela sugeriu o tema e o livro "A paixão segundo G.H."
Ao lê-lo pela primeira vez, quase desisti, pois é um livro extremamente difícil de interpretar e entender, mas eu tinha de me superar, ainda mais depois de ter escutado a seguinte frase da minha - até então - orientadora: "todo mundo que sugeri este livro, desistiu".
No quarto semestre da faculdade engravidei e tudo ficou mais complicado. No quinto semestre peguei o período de gripe suína (H1N1) não pude frequentar as aulas e em outubro peguei licença maternidade.
Voltei pra faculdade em fevereiro de 2010 e meu TCC estava completamente paralisado.
Em abril a Giovana (minha orientadora), teve um sério problema de saúde e precisou se afastar, assim, ficamos (pq o TCC era em dupla) na "mão".
Em maio trocamos de orientadora e em duas semanas o TCC ficou pronto.
O tema foi: "A via-crúcis do gênero humano presente na obra 'A paixão segundo G.H.'"
Este trabalho foca a personagem G.H., uma escritora de classe média, que não encontra sentido para a sua vida até se deparar com uma barata.
G.H. tem pânico de barata, mas ao se deparar com uma barata no armário da ex-empregada, tem o instinto de matá-la, esmagá-la. Ao fazer isso, vê o plasma saindo de dentro da barata esmagada e num ímpeto resolve esperimentá-lo.
A partir daí, G.H. passa por uma transformação interior, começa a repensar sua vida e seus atos, coloca-se no lugar de uma cristã, devota de Maria, que ela vê na imagem da barata.
Não se sabe se sua transformação foi eterna, mas sabe-se que ela se transformou. Ela que por profissão, transformava as coisas!
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